quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Carta ao meu pai

21/03/1997

Posso sentir as batidas em meu peito
ou descansar em solitário leito
em carne, alma, em qualquer lugar
sempre terei a glória de te amar

Se uma lágrima os teus olhos inunda
invade-me uma tristeza muda
te consolar não saberei, amigo
mas certamente chorarei contigo

Não merece tua alma
um só dia neste mundo inumano
mas convivemos com a dádiva
de te ter nos amando

Pai,
que saudades tenho
nas manhãs molhar com um beijo a tua face
inspirar teu cheiro de anjo e sem disfarce
pousar, feliz, em tua paz.


Por Aline D’Eça

Um comentário: