quarta-feira, 18 de julho de 2012

“Bença pai, bença mãe”


Sim, eu peço “a benção” aos meus pais, tios e padrinhos.
Com os meus avós, que aqui já não estão, fazia o mesmo.
E é sempre tão confortante ouvir “Deus te abençoe” ou “Deus te faça feliz”.
Independente de crer ou não na existência de Deus, esse ato significa:
“Eu te amo e desejo sua proteção e felicidade”.
Isso não tem nada a ver com religião.
Também aprendi a tratar os mais velhos, especialmente os familiares, por “o senhor/a senhora”.
O que tem de arcaico e ultrapassado nisso?
Acaso são a gentileza e o respeito inadequados?
Se eles estão em desuso, a mim não importa.
Para o amor, o carinho e o respeito não existem tempo e nem moda.


Por Aline D’Eça
Em 18 de julho de 2012

terça-feira, 10 de julho de 2012

Amar o Amor
















Quero amar não a beleza que há no outro,
a constituição física que os anos faz perecer.
Quero além da satisfação do corpo,
Algo a mais que o desejo e o prazer.

Quero o encontro de duas almas,
de duas personalidades inteiras e afins
Quero o que me ajude a crescer,
Quero o amor que desvende a beleza que há em mim.

Por Aline D’Eça
Em 10 de julho de 2012
Às 22h30

Medos




Ninguém tem medo de amar
O que há é o medo da dor
Que o amor pode causar

Ninguém quer viver sem carinho
O que há é o medo da rejeição
E de ter que andar sozinho

Ninguém quer morrer
O que há é o medo de suportar
As dores que a vida pode ter

Ninguém é assim tão forte
O que há é o medo de vacilar
E, sem defesa, ficar sem norte

Ninguém quer desistir
O que há é o medo de arriscar
E de não aprender a persistir

Ninguém nasceu para perder
O que há é o medo da batalha
Mas batalhar é viver.


Por Aline D’Eça
Em 10 de julho de 2012
Às 01h37

sexta-feira, 6 de julho de 2012

As Palavras


















Quando minha alma quer gritar, escrevo.
Alegre ou triste, é na linha do papel que tento alinhar sentimentos.
Não penso. Sinto. Deixo fluir.
Palavras atraem outras palavras.
Extravasam.
Falam mais do que dizem.
Desnudam.
Quando escrevo, minha alma fica mais leve.
Sem os gritos, em silêncio, conheço-me um pouco mais.
Porque ela está ali refletida no papel.
Se antes não conseguia ouvi-la,
Agora posso interpretá-la.
Ela, a alma, desvenda-se para mim por palavras.

Por Aline D’Eça
Em 5 de julho de 2012