quinta-feira, 5 de março de 2015

O Amor: força propulsora do Universo


O Amor... Regência divina que conduz a sinfonia da Vida. Elo de toda a obra da Criação. Força que move os mundos. Essência do Universo. Centelha divina que pulsa no íntimo de cada ser. Bússola que indica o caminho, orientando-nos no sentido dos desígnios do Criador. Há um propósito divino para cada um de nós, Espíritos imortais. E somente o Amor nos direciona a ele. É o Amor o nosso tesouro e herança de Deus. O que nos capacita à condição de deuses, colaboradores da obra universal. Somos os herdeiros desta força maior que rege o universo e que habita com todo seu vigor a intimidade de nosso ser. É o contato contínuo com esta chama interior que possibilita a apreensão das leis divinas, adormecidas na consciência. Amar é despertar para a vida. O exercício do amor é a chave da evolução do Espírito. E evoluir é empossar-se cada vez mais do tesouro individual guardado por Deus em cada um de nós.


"Se tiverdes amor, tereis colocado o vosso tesouro onde nem a traça nem a ferrugem os podem alcançar; e vereis insensivelmente apagar-se de vossa alma tudo quanto lhe possa manchar a pureza; sentireis que o fardo da matéria se torna cada dia mais leve. E, como um pássaro que voa nos ares e já não se lembra da terra, subireis incessantemente, subireis sempre, até que a vossa alma, inebriada, se impregne da verdadeira vida, no seio do Senhor!" (Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo VIII, item 19).

Por Aline D'Eça
Fevereiro de 2015

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Eu sou um espírito reencarnado





Eu sou resultado de tudo que já vivi. Uma só vida não consegue me definir. Se pudesse voltar no tempo para investigar a origem de todos os sentimentos que tenho, de todas as aptidões e habilidades, de todos os defeitos e qualidades, de tudo que sou, teria que vencer a barreira do nascimento, pois muitos deles adquiri antes do ventre.

Às vezes, quando fecho os olhos, vejo além do que eu sou. Vejo-me em outro corpo, outro sexo, outra época, outra cidade, mas ali estou de verdade. Alguns chamarão de tolice ou ilusão, mas para isso eu encontrei uma explicação: eu sou um Espírito reencarnado.

Os rostos e nomes que tive escondem-se atrás do véu do esquecimento. Mas a essência, o que tenho de bom e de mau, não está no corpo, mas no Espírito. Quem eu sou hoje revela quem eu fui ontem e define quem serei amanhã. O meu corpo é perecível como outros tantos que já tive Como espírito, sou imortal.

Estou destinado à perfeição, mas ela não se adquire em uma só vida. Por isso, necessito sempre de uma nova oportunidade no corpo material. Instrumento valioso, mas que se desgasta e não se renova, o corpo carece substituição. Depois de viver uma existência material e após a morte do corpo atual, precisarei nascer de novo para dar continuidade à minha jornada de evolução. É assim que acontece com todos os espíritos: existências e mais existências até que se alcance a perfeição.

Se em uma vida avanço um pouco no âmbito moral, em outra terei a chance de desenvolvimento intelectual. Como espírito, posso progredir sempre, estacionar às vezes, mas nunca retroagir. O meu progresso espiritual se dará na mesma medida dos esforços que eu fizer para vencer a mim mesmo e colaborar para o progresso universal.

Sou um espírito reencarnado e, como tal, tenho um passado. Mas ele não me importa. Eu sou um espírito hoje e amanhã, em outro corpo, o mesmo espírito serei. Fui criado para o Amor e a ele para sempre pertencerei.


Por Aline D’Eça 

sábado, 2 de novembro de 2013

Eu sou um espírito imortal





Eu sou para sempre. Embora não seja para sempre igual. Sou alguma coisa inteligente além do corpo material. Sinto pertencer ao universo e, como ele, estar em constante mutação. Sou resultado do que eu já fui e, hoje, ainda sou construção.

Sou além do que vejo, além do que sinto, além do que penso. Em mim, existe algo mais amplo, que vai além das lembranças e sentidos. Sou fragmentos de uma história registrada em desconhecido arquivo. Uma vastidão de “eus” esconde-se em alguma parte escura da memória: vários rostos que se embaralham atrás de um mesmo véu.

Eu não sou apenas o que no espelho está refletido. Não sou abstrato, sou real. Sou além de um nome e de uma imagem: existo e tenho um sentido. Sou reflexo do meu conteúdo mental.

Apesar das desigualdades, reconheço-me em imagens que nos outros projeto. Sou construção coletiva, mas tenho a singularidade. E do meu destino sou o arquiteto.

Em algum lugar em mim, há uma luz que irradia e uma escuridão que interroga. Mergulho para dentro em busca de respostas. Às vezes, sem ar e sem coragem, me recuso à necessária imersão. Mas a vida me convida a prosseguir, em benefício da minha evolução.

Sou um mundo dentro de outro mundo. Sou o princípio e não sou o fim. Sou vasto, incógnito e profundo.

Sou razão e sou emoção, um emaranhado de pensamentos e sentimentos. Atraio meus pares por afinidade. Às vezes acredito ser o que não sou, mas a vida traz sempre a lição da verdade.

Sou novo e sou antigo. Acumulo experiências e estou em constante aprendizado. Traço novos caminhos e, caminhando, às vezes repito os tropeços. Mas tenho sempre a chance do recomeço.

Sou ser livre em temporário cativeiro material. Sou o responsável pelo meu progresso. Trilho o meu destino universal.

Sou o ponto de continuação. Trago bagagens de outras existências. Estou em constante chegada e partida. Sou o comandante da viagem, o condutor do veículo, o que escolhe a direção da minha vida. 

Sou único e sou sozinho. Não há no universo outro igual. Sou o que sou. Sou inteiro. Eu sou um espírito imortal.


Por Aline D’Eça em 02/08/2013.

sábado, 24 de agosto de 2013

É o amor desta vez




É o amor desta vez
E tem sabor de fruta madura
Colhida no tempo certo
E devorada com a delicadeza
De quem plantou a semente
E esperou a colheita,
De quem viu nascer a flor
Em cada olhar, cada sorriso
No sentimento que desabrochou
Que era amizade
E que agora é amor.

É o amor desta vez
E ele chega para dois inteiros
Que muito aprenderam com a vida
E já caminhavam tranquilos, seguros e sozinhos
Mas que se encontraram na estrada
E decidiram percorrer juntos o mesmo caminho.

É o amor desta vez
E ele tem força e leveza
Como os primeiros raios de sol
Que dissipam a escuridão
Ele chegou suave e intenso
Iluminando dois corações.

É o amor desta vez
E ele tem a segurança da cumplicidade
Como dois pássaros que constroem um ninho
Eles têm o céu e a liberdade
Mas voltam um para o outro
Após voarem sozinhos

É o amor desta vez
E ele chegou sem avisar
Como uma bela surpresa
Mas trazendo a certeza
De que chegou para ficar.

Por Aline D’Eça
Em 24/08/2013

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Brasileirinho





Lá vai passando um menino
Ele carrega um pedido
Rabiscado em um cartaz
Na verdade, não é só isso
Ele pede muito mais

Lá vai o menino marchando
Sua voz se espalhando
Por ruas, viadutos, avenidas

Para ele não importa o caminho
Ele segue caminhando
Ele vai às ruas e ele convida

Todos os cansados
Todos os aflitos
Param pra ouvir o menino
Ele extravasa sua dor
Em um apito
Em um tambor
Em um grito

Lá vai passando um menino
Ele saiu do comodismo
Da esperança sem luta

Lá vai passando um menino
Ouçam, que bonito!
Alguém o escuta

Ouçam as vozes pelo caminho
É o menino que vai passando
E ele já não passa sozinho.


Por Aline D’Eça
Em 18/06/2013

domingo, 16 de junho de 2013

PELO AR



















E se o mundo virasse de cabeça para baixo
E tivéssemos que morar nas nuvens
E caminhar pelo céu, tapete de azul infinito,
Com cuidado para não tropeçar em estrelas?
E se o mar fosse o nosso teto
E, olhando para cima, admirássemos
Os golfinhos a saltar
As baleias a bailar
E contássemos as estrelas do mar?
E se a Lua fosse o nosso refúgio
E passássemos as férias nos anéis de Saturno
A lua de mel em Vênus
E o verão em Mercúrio?
E se pudéssemos pegar carona
Na cauda de um cometa
Ou viajar em uma estrela cadente
E voássemos por entre florestas e rios
E admirássemos as paisagens da Terra
E se, admirados, sonhássemos em colocar os pés no chão
E, assim, passássemos a dar mais valor
Ao que já temos a nossa disposição?

Por Aline D’Eça
Em 15/06/2013

domingo, 9 de junho de 2013

SUJEITO E PREDICADO

























Tem um espaço reservado em meu peito
E toda noite, quando eu deito,
ele se amplia, invadindo o meu leito.
Se é ausência ou presença, eu não sei.
Eu só quero dar um jeito
neste coração desordenado
que, sem ritmo e sem compasso,
pulsa com defeito.
Porque amar é verbo, é predicado
mas exige um sujeito.

Por Aline D’Eça
09/06/2013