Quando falo de “encontro”, não me refiro ao ato fortuito de
estar com alguém, mas do encontro profundo, aquele relacionado ao ato de
conhecer verdadeiramente alguém, de compreendê-lo, aceitá-lo, amá-lo. Falo
daquele encontro que une as almas. Não almas gêmeas, pois acredito mesmo na
individualidade do ser. Mas almas diferentes dispostas a unirem-se, a crescerem
juntas e a amar.
Acredito que é isso que as pessoas procuram. Eu procuro. Mas
não basta procurar, é preciso ir ao encontro.
Entretanto, para onde ir? Andar em que direção? A primeira
estrada que segui, foi um triste engano. Mas permitiu que eu descobrisse muito
cedo que, para encontrar o que eu quero, antes precisava me encontrar. E esse
não é um encontro fácil. O espelho nunca diz tudo o que somos. É preciso um
mergulho interior, para o qual nem sempre temos fôlego suficiente. Mas podemos
ter controle sobre ele e conseguir imergir cada dia um pouquinho mais.
Infelizmente, nem todos estão dispostos a enfrentar o
autoconhecimento. O que torna mais difícil “o encontro”.
Estar sozinho é difícil. As pessoas cobram, as conveniências
cobram, o corpo cobra. Mas a solidão pode não ser necessariamente uma
experiência dolorosa, mas um instrumento
muito importante de crescimento e preparação para o amor.
Hoje sei o que quero. Porque sei, porque confio, espero. Não
preciso forçar situações, o amor não se manifesta à força. Ele não se impõe.
Ele desabrocha aos poucos. O amor é construção.
Não, não espero por um príncipe encantado. Eu não gosto de
nada pronto. Quero fazer parte desta construção. Não quero um homem perfeito,
pois ele não existe neste mundo. Mas um homem pleno de si, ciente da sua
condição e em busca da perfeição. Uma pessoa que, como eu, acredite que quando
se tenta ser melhor para si, já está sendo melhor para o mundo.
Por Aline D’Eça
Em 26/10/2009
Em 26/10/2009
*Depoimento sobre "relacionamentos" escrito a pedido de minha amiga e psicoterapeuta Solange Meinking.
Aline, primeiramente já ouvi falar muita coisa boa do seu trabalho de pessoas que trabalharam com você no seu livro e quero dizer que acho sua trajetória fantástica.
ResponderExcluirMas quero te fazer uma proposta. Você se interessaria por uma boa/incrível história real? Uma história que está sendo vivida no momento presente e da qual você pode participar do futuro? Estou procurando um escritor com perfil investigativo e inovador para eu compartilhar a minha história. A Dra. Solange Meinking poderia participar deste projeto. Por favor, deixe-me detalhar um pouco a minha idéia antes que você tome uma posição. Obrigada. Pandora
Primeiro, obrigada pelas palavras e convite, mas gostaria que se identificasse e me esclarecesse melhor o que seria. Envie-me, por favor, um e-mail: deca.aline@gmail.com. Abraços.
ResponderExcluir