23/08/1999
Foi o dia mais feliz
Tanta luz a me invadir
(noite de ilusões)
Foi tudo que eu sempre quis
Foi tamanha a beleza do sonho
Que se realizou e nem me deixou dormir
Pois não quis deixá-lo fugir
(não pude imaginar que teria o sossego perdido)
Seria capaz de te ter
Ainda que eu pudesse enxergar que de muito ganhar
Tudo poderia perder
(te perdi, mas confesso, foi bom ficar com você)
Ganhei dias tristes
Meus sonhos todos ficaram
Adormecidos em seu coração
E ainda assim eles resistem
Foi-se o dia
Foi-se um ano
E depois de tanto caminhar
Acho que consegui cumprir o destino
De quem anda em círculos:
cheguei ao mesmo lugar...
(e você, como está?)
Não terei coragem para dizer
Mas haverá a hora
Que você irá saber
Deste amor que clama
Que pede pra sobreviver
Deste amor que é chama
Que não mataria
Mas de amar morreria
Só para te ter.
(foi o dia que eu sempre quis,
o presente mais bonito,
quero que sejas feliz!)
Por Aline D’Eça
sábado, 30 de janeiro de 2010
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Sem rumo II
04/05/2000
Nenhum rumo
Nenhuma indicação
Nenhum sentido ao meu caminho
Como te encontrar
Para não seguir sozinho?
Barco sem rumo,
Sem vento e sem vela
Arrastado pela correnteza
Certamente atracará
No porto da tristeza
Um poço
Uma armadilha
Uma cruz a carregar: a solidão
A esperança, às vezes, é uma máscara
Que veste a ilusão
Nem o sol
Nem a lua
Perdido neste labirinto escuro
O farol que me guiava
Era o teu amor, meu porto seguro
Uma chuva no deserto
O encontro de nós dois
Um refúgio, uma tenda
Talvez seja esse amor,
Nossa estória, uma lenda.
Por Aline D’Eça
Nenhum rumo
Nenhuma indicação
Nenhum sentido ao meu caminho
Como te encontrar
Para não seguir sozinho?
Barco sem rumo,
Sem vento e sem vela
Arrastado pela correnteza
Certamente atracará
No porto da tristeza
Um poço
Uma armadilha
Uma cruz a carregar: a solidão
A esperança, às vezes, é uma máscara
Que veste a ilusão
Nem o sol
Nem a lua
Perdido neste labirinto escuro
O farol que me guiava
Era o teu amor, meu porto seguro
Uma chuva no deserto
O encontro de nós dois
Um refúgio, uma tenda
Talvez seja esse amor,
Nossa estória, uma lenda.
Por Aline D’Eça
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Sem rumo I
04/05/2000
Nem teus olhos tão ausentes
Dos meus olhos tão tristonhos
Para trazer de volta ao meu céu estrelas cadentes
Nem o teu sorriso tão distante
De minha boca tão sedenta
Para trazer-me alegria neste instante
Nem a tua voz tão serena
A me explicar as coisas da vida
Para tornar minha caminhada mais amena
Nem o teu toque tão inocente
A afagar, com carinho, os meus cabelos
Para conseguir tornar-me mais paciente
Nem a tua força, o teu abraço,
A tirar meus pés do chão
Para aliviar o meu cansaço
Sem a tua voz, teu carinho
Fica difícil, quase impossível,
Seguir sozinho...
Por Aline D’Eça
Nem teus olhos tão ausentes
Dos meus olhos tão tristonhos
Para trazer de volta ao meu céu estrelas cadentes
Nem o teu sorriso tão distante
De minha boca tão sedenta
Para trazer-me alegria neste instante
Nem a tua voz tão serena
A me explicar as coisas da vida
Para tornar minha caminhada mais amena
Nem o teu toque tão inocente
A afagar, com carinho, os meus cabelos
Para conseguir tornar-me mais paciente
Nem a tua força, o teu abraço,
A tirar meus pés do chão
Para aliviar o meu cansaço
Sem a tua voz, teu carinho
Fica difícil, quase impossível,
Seguir sozinho...
Por Aline D’Eça
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Te sentir
Posso sentir o cheiro das flores
A primavera chegou mais cedo
Com o seu sorriso
Posso sentir a plenitude
Da certeza de um sonho
prestes a se realizar
Posso sentir em meu peito
um coração que tenta, em vão, manter o ritmo
São novas a dança e a melodia
Posso sentir que em breve
sua imagem enfeitará minhas noites
e nas manhãs será como o primeiro raio de sol
Posso sentir seu perfume
em todo ar que eu respirar
A todo tempo, comigo ele estará
Posso sentir, não deixo de acreditar,
o Amor está presente
Quero enxergá-lo nos seus olhos
Posso sentir que já somos um
e que podemos ser três.
Por Aline D’Eça
Em 09/09/1999
domingo, 10 de janeiro de 2010
Aplausos
Aquele tempo em que eu, ainda menina,
deitava minha cabeça em seu colo
para ganhar um carinho das suas mãos delicadas em meus cabelos
Aquele tempo em que eu, muito traquina,
bagunçava a sua casa, corria pela sala, quebrava suas coisas
e você, muito zangada, pedia para eu ser menos desastrada
Aquele tempo em que eu, garota curiosa,
mal sabia ler, pouco sabia escrever, olhava a sua estante repleta de livros
e calculava quanto tempo eu levaria para lê-los por inteiro
Aquele tempo em que eu nada sabia da vida
lia suas poesias, via suas fotografias,
mas sem sentir a sua emoção, sem perceber a sua visão
Aquele tempo passou
e, sem querer, você me ensinou
a flagrar a vida com os olhos de um poeta
que espiona a Terra como um satélite
e conta a história das mulheres, de homens e do mundo
Aquele tempo ficou
imortalizado nas lembranças infantis
de uma mulher que hoje te aplaude
e que, com as suas vitórias, também é feliz.
Por Aline D’Eça
Em 05/03/2003
Uma homenagem para a minha madrinha, a grande poetisa e escritora Maria Lígia Madureira Pina.
deitava minha cabeça em seu colo
para ganhar um carinho das suas mãos delicadas em meus cabelos
Aquele tempo em que eu, muito traquina,
bagunçava a sua casa, corria pela sala, quebrava suas coisas
e você, muito zangada, pedia para eu ser menos desastrada
Aquele tempo em que eu, garota curiosa,
mal sabia ler, pouco sabia escrever, olhava a sua estante repleta de livros
e calculava quanto tempo eu levaria para lê-los por inteiro
Aquele tempo em que eu nada sabia da vida
lia suas poesias, via suas fotografias,
mas sem sentir a sua emoção, sem perceber a sua visão
Aquele tempo passou
e, sem querer, você me ensinou
a flagrar a vida com os olhos de um poeta
que espiona a Terra como um satélite
e conta a história das mulheres, de homens e do mundo
Aquele tempo ficou
imortalizado nas lembranças infantis
de uma mulher que hoje te aplaude
e que, com as suas vitórias, também é feliz.
Por Aline D’Eça
Em 05/03/2003
Uma homenagem para a minha madrinha, a grande poetisa e escritora Maria Lígia Madureira Pina.
Meu menino
Ver-te dormir sorrindo, meu menino,
É o maior bem que se temAcordar ao lado teu
É ter o céu azul para voar
O teu olhar... só ele tem o brilho
E o dom de me envolver
Submete-me aos teus caprichos
Meu menino,
É tão bom te ver sentindo
Prazer nos braços meus...
Ninar-te e depois te ver adormecer no meu colo
Como um brinquedo, o meu brinquedo
Sou tua criança e teu guia
Faça o que quiser de mim
Pode fazer-me teu mundo
Pode morar em mim
Mas, se quiser partir,
Não me arrastarei aos teus pés
Nem te ofenderei
Nem me afogarei em lágrimas
Só, ficarei te esperando...
E quando chegares da luta, ferido ou não,
Voltarás desejando descansar
No calor dos meus abraços
E quando, neste momento, teus olhos perceberem
Uma lágrima nos olhos meus
Talvez questione:
- Por que choras? Sentes dor?
E, então, responderei:
- Choro pois não percebeste, meu menino, até agora
Que minhas lágrimas são por teu amor.
Por Aline D’Eça
Em 24/08/1998
sábado, 9 de janeiro de 2010
Medo de tentar
O medo de amar
é o medo de ser livre
É não saber escolher
a melhor maneira para viver
Há quem prefira não se arriscar
E continua dominado por instintos
Preso a sensações passageiras,
corrompidas pelo egoísmo
O medo de amar
é o medo de dar
o que se deseja para si
O Amor é o Sol interior
É preciso abrir as cortinas
e deixar a luz entrar
É preciso arrastar os móveis
e ter espaço para dançar
É preciso não ter medo de errar,
ter coragem e tentar
O amor é imortal,
mas qualquer mortal pode ter.
Por Aline D’Eça
Em 24/08/1999
é o medo de ser livre
É não saber escolher
a melhor maneira para viver
Há quem prefira não se arriscar
E continua dominado por instintos
Preso a sensações passageiras,
corrompidas pelo egoísmo
O medo de amar
é o medo de dar
o que se deseja para si
O Amor é o Sol interior
É preciso abrir as cortinas
e deixar a luz entrar
É preciso arrastar os móveis
e ter espaço para dançar
É preciso não ter medo de errar,
ter coragem e tentar
O amor é imortal,
mas qualquer mortal pode ter.
Por Aline D’Eça
Em 24/08/1999
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