domingo, 15 de maio de 2011
Menina do interior
Sou uma menina do interior, que cresceu brincando em fazenda, jogando baleado na rua, pedindo a benção aos pais, tios e avós.
Não assistia novela das oito, frequentava evangelização, conhecia meus vizinhos, os pais dos meus amigos, os amigos de meus pais.
Onde e quando nasci, a vida era mais simples e os conceitos mais criteriosos. Os homens (e mulheres) de valor eram aqueles que possuíam valores morais e não apenas financeiros. A confiança (e não os interesses) era a base das relações.
Sou uma menina do interior, que ainda gosta de sentar à mesa com a família nas refeições, que conversa com os pais todos os dias, que é amiga dos irmãos, que tem amigos verdadeiros, que acredita nas pessoas e que sonha com uma vida melhor.
Tem certas coisas que não mudam, não importam o tempo e o local em que se vive e as pessoas com as quais tem que conviver. Está na essência. Não deixarei de ser uma menina do interior.
Por Aline D’Eça
15/05/2011
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