15/05/1999
Não sei se posso aceitar,
mas entendo
Sim, há como reparar,
e eu mereço
Se sua capacidade é pouca,
já que não sabe amar,
sua felicidade é louca,
ninguém pode acreditar
Minha infelicidade é demais
E só eu sei perceber
Como serei capaz,
meu amor, de te ter?
Peço aos anjos
aos cupidos
aos teus heróis
e aos teus amigos
Que me coloquem no teu caminho,
em teu destino
Que façam com que seja meu o teu ninho
para cometermos desatinos
Ser, então, a dona do teu futuro
Somente tua, seja na luz ou no escuro
Ser a tua estrela preferida
E fazer tua a minha vida.
Por Aline D’Eça
sábado, 13 de fevereiro de 2010
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Leves asas
De todo peito cheio, dolorido
O teu olhar e o teu sorriso não explicamDe toda tua vida preenchido
Coração, escravo errante, só suplica
Preenche o vazio de ar
Tenta substituir o que lá não está
Mesmo tentando mentir
O que sonha não encontra ali
Tentaste colher um amor
E olha só o que criou
Criaste um amor sem sentido
Que bate apenas em meu peito, esquecido
Leves asas, ilusão de um só
Não se ama por dois
Quem não ama, no coração não tem dó
Voa em silêncio e esquece o depois
Nunca soubeste o que comigo faz
Se pudesse ver nos olhos meus
Saberia do que o teu desejo é capaz
Para quê alimentar um amor de adeus?
Por Aline D’Eça
Em 13/01/1999
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
2 de fevereiro
Grande foi o número de ondas que se quebrou na praia
Desde que partiram para o mar
Pescadores, confiantes ou indecisos, medrosos ou destemidos,
Em um mesmo barco, à procura de boa pescaria
Mas o mar, traiçoeiro e revolto, deixou água entrar no convés,
O sonho quase cair
Quantas noites insones!
Pescador, sem desistir, levantou velas, enfrentou ondas, seguiu caminho
Novos ventos sopraram
Companheiros desembarcaram
E chegou o grande dia
De retornar à terra firme
O velho tempo terminou...
E o pescador desce do barco mais experiente, mais inteiro
Descansa os pés na areia, olha pr'o mar
Reflete os anos passados, sente saudades dos que com ele lutaram
E rende graças aos céus, a todos os santos e a Iemanjá
É chegado o dois de fevereiro
É noite de lua cheia
Ouçam! É o canto da Sereia!
Inaê, Mucunã, Rainha do Mar, Janaína vem batizar
Vitoriosos, pescadores recebem apelido em Yorubá:
Omísínà, nome de sorte, o poder das águas que abrem caminhos
Que a benção da mãe-orixá que dança no mar
Traga sucesso pr'a nossas vidas,
Pois hoje a despedida indica para nós uma nova partida!
Por Aline D'Eça
Obs.: Esta foi a "Mensagem da Turma" escrita por mim para o convite de formatura.
Aos Deuses
2/02/2007
Hoje tem festa no terreiro
Procissão nas ruas para todos os santos
Os deuses reuniram-se no Olimpo
É dia de festejar
Osíris, deus do sol, convidou
São Jorge, guerreiro da lua, chegouMandem tremular os tambores
Lá vem Zeus, rei dos deuses e dos homens
Ecoou nos mares o canto de Iemanjá
Netuno de longe escutou
O Senhor do Bonfim já chegou
É dia de festa no céu, na terra e no mar
Eparrei, Iansã!
Salve Maria, Nossa Senhora!
A homenagem é para todos
Os santos, bons espíritos, deuses e orixás
Que conduziram até aqui o nosso caminhar
A todas as forças supremas, rendemos este tributo
Nosso coração hoje é o nosso altar
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo,
Agradecemos por esta vitória
E levamos aos céus um pedido:
continuem a nos guiar.
Oxalá!
Por Aline D'Eça
Obs.: Este foi um dos textos escritos por mim para o convite de formatura da turma de Comunicação Social 2006.2 da UFBA, celebrada em 2 de fevereiro de 2007.
Assinar:
Postagens (Atom)