sábado, 11 de abril de 2009

Decidir



Que fique com o limite do corpo
Aquele que não quer voar
Pois o sonho quer constante esforço
E é da alma que ele irá cobrar

Que a mesa seja farta
Quando o coração é pobre
Pois quando o Amor não falta
Não há dinheiro que o compre

Que seja dado ao que fere
A benção do perdão
Para que, ferido, ele se recupere
E aprenda a estender suas mãos

Que aos impacientes não seja dado
O desgosto de fazê-los esperar
Se para eles caridade é para os “fracos”
A estes “fracos” o fardo mais leve pesará

Que aos grandes seja permitido
Obter as grandezas da Terra
Eles não conhecem o Amor, são pequeninos
Diante da eternidade que os espera

Que não seja dada a dor e a doença
Àqueles que não sabem chorar
Pois a consolação é dada aos que têm fé e crença
E só os que sofrem sabem acreditar

Muitos escolhem caminhos fáceis, portas largas
Poucos escolhem caminhos difíceis, portas estreitas
A vida torna-se amarga
Quando a decisão é incorreta.


Por Aline D’Eça
22/04/1999

Um comentário:

  1. Gostei muito do seu blogue, assim como desta mensagem.
    É profunda.
    Um beijinho

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