segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Autotradução



Transformo sentimentos em palavras
Traduzo o que há em minha alma
Derramo luz na escuridão
Paro para ouvir as batidas do meu coração
Ando depressa
Ajo devagar
Cresço com os tropeços
Dou meia volta, me viro do avesso
Busco o equilíbrio
Não faço inimigos
Se os tenho, não sei
E se errarem comigo, relevo
Eu também já errei...
Às vezes, me distraio e caio
Quando me firo, eu saro
E, então, leve e contente
Ponho-me em pé novamente
Se minha intuição sinaliza, eu sigo
Se me mandam desistir, eu insisto
Na minha rima, tranquilo combina com sagaz,
Manso com feroz.
Gosto de olhar nos olhos e enxergar a alma
Tento escutar o que não é dito
A comunicação nem sempre é verbalizada
Afinal, quantas palavras existem no silêncio?
Gosto de desafios
Eles testam minhas capacidades,
Instigam meus brios.
Respeito os mistérios da vida
O que posso, busco entender
O que está por trás do visível?
Quantos recados há nas coincidências?
Do mundo, não sei todas as verdades
Da vida, o que mais prezo é a liberdade
De tentar e acertar
Ou de errar e aprender
Sou obra imperfeita
Estou aqui para crescer.


Por Aline D’Eça
Em 18/08/2012

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